sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Arte Rupestre - O Princípio da Arte

Um dos livros de história da arte mais completo e que eu gosto muito é "História da Arte" de E. H. Gombrich* e a editora é a LTC. Eu recomendo a compra mesmo para quem não é da área trata-se de um livro de custo elevado, mas vale cada centavo. Eu tenho um exemplar e sempre que necessito utilizo meu Gombrich nas aulas e em minhas pesquisas.
Gombrich inicia  o capítulo sobre Arte Rupestre com o título "Estranhos Começos" e neste post vou tentar falar de forma sucinta sobre o Princípio das manifestações artísticas. Boa leitura!
"Gombrich cita logo nas primeiras linhas o qto ignoramos sobre a origem do início  das manifestações artísticas tanto qto ignoramos a origem da linguagem e q se compreendermos arte como toda manifestação arquitetônica (edificações de casa e templos), pintura, escultura, padrões, nenhum povo existe sem arte, porém se qualificarmos arte como algo belo e luxuoso e q só encontramos em museus e salas luxuosas e de honras, deduziremos que arte é algo muito recente e que a maioria dos grandes obras do passado sequer poderemos qualificar como sendo arte.No passado a arte era usada, e eu acredito q até nos dias atuais, como uma forma de expressão ou uma manifestação com um objetivo claro, ou seja essas manifestações artísticas tinha uma função específica. Nos povos primitivos tais edificações  serviam para protegê-los das forças da natureza e as imagens tinham a função de protegê-los contra outros poderes tão poderosos e maior que a força da natureza é o poder da imagem...Alguma semelhança com o que vemos hoje na mídia? com certeza.


Na caverna de Lascaux, França, 15000-10000 A.C. as imagens de bizões estão por todo o tempo e de forma aleatória sem uma ordem coerente, está e aprova em uma das crenças mais antigas da humanidade, q é o poder da imagem. Na arte Rupestre notamos a presença dos caçadores reproduzindo suas prezas sendo alvejadas por suas lanças, esta "magia" fazia-os crer que este "ritual" os tornaria mais fortes e assim subjugariam aqueles animais do qual toda uma comunidade era depende em termos de alimentação (suas carnes) e agasalhos (suas peles).


Estes artistas primitivos utilizavam a arte como forma de expressão, não se valorizando assim a beleza da escultura ou pintura, mas sim, o seu objetivo, ou seja, se funciona, essa arte cumpriu seu objetivo, transmitiu sua mensagem.
Um outro aspecto a ser observado é quanto à técnica de tais povos, em história da arte isso não é relevante acha visto que esses povos faziam sua

arte da maneira que eles sabiam, logo devemos nos deter às ideias, concepções e necessidades, e entender que essas estavam em constante evolução.
Na arte primitiva os nativos não tinham a preocupação de retratar de forma fiel suas imagens, um só item como o bico de um pássaro já era o suficiente, ou seja, como diz Gombrich, uma máscara com bico de águia, já é uma águia. 
Para nós hoje muitas dessas máscaras ou totens não possuem mais um significado por não termos registros que as ilustrem no sentido de justificá-las, mas sabemos que elas não foram feitas com o objetivo de decorar ou feitas por prazer, o que os estudiosos sabem sobre essas obras, é por comparação na maioria das vezes e podemos afirmar que esses povos eram primitivos na concepção usual da palavra, aja visto que quando os espanhóis chegaram nas Américas, povos como os Incas e os Maias, já possuíam sistemas de calendários, de escrita e já edificavam grandes cidades.

Vejamos a seguir um exemplo de uma figura originária do México e q se acredita datar do período asteca, os estudiosos acreditam que trata-se do deus da chuva seu nome era Tlaboc.
 Nas regiões tropicais a chuva é um fator importantíssimo para a sobrevivência dos povos, sem chuva as colheitas se perdem e as pessoas morrem de fome. É natural que o deus da chuva seja representado por uma figura aterradora e poderosa, sua boca é formada por duas cabeças de serpentes o que nos remete ao fato da serpente deter o poder do raio e era considerada poderosa e sagrada.

Ao tentar entender a linha de raciocínio desses povos, deduziremos que não só a feitura dessas imagens estavam vinculadas  à magia e religião, como também era a primeira manifestação da escrita. Para compreendermos a história da arte devemos nos lembrar que imagens e letras estão intrínsecamente interligadas







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